Médicas em ascensão: A Transformação do Mercado de Trabalho na Saúde.

O curso de Medicina é um dos cursos mais prestigiados e relevantes do mundo e o número de mulheres que estão cursando praticamente dobrou no Brasil. Número que inclusive só cresce a cada dia. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina, em 2023, as mulheres na Medicina representam49% (267,7 mil) dos médicos no Brasil, um crescimento significativo em comparação às décadas anteriores.

Em 2011, a categoria contava com 141 mil profissionais do sexo feminino, número que passou para 260 mil em 2022. Os dados são do estudo Demografia Médica no Brasil 2023 e revelam, ainda, que no ano de 2024, as mulheres foram maioria entre os médicos do país, com percentual equivalente a cerca de 50,2% da categoria. A perspectiva é que, até 2035,ocorra um crescimento previsto de 118% de mulheres médicas, enquanto, entre os homens, o aumento será de 62%.

Durante muitos anos, essa profissão foi dominada pelo sexo masculino, o sexo feminino era pouco presente e tinha funções secundárias, algo que mudou drasticamente ao longo dos anos.

·        Especialidades com mais mulheres ativas na Medicina.

Com o aumento da entrada de mulheres na Medicina neste século, algumas especialidades foram afetadas em números. Dermatologia, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia e Clínica Médica são áreas em que a presença da mulher é maior que a do homem. 

Outros destaques são nas especialidades: Endocrinologia e Metabologia, Alergia e Imunologia, Medicina da Família e Comunidade, Genética Médica, Reumatologia, Hematologia e Hemoterapia, Infectologia e Patologia. Em contrapartida, urologia é a especialidade com menor presença de mulheres trabalhando. 

O setor com maior representatividade feminina é a dermatologia, com 77,9% de mulheres. Outras especialidades com grande proporção são pediatria(75,6%), alergia e imunologia, e endocrinologia e metabologia, ambas com 72,1%.Ginecologia e obstetrícia, geriatria, hematologia, hemoterapia e genética médica têm, pelo menos, 60% de representatividade das mulheres.

Enquanto isso, nutrologia, medicina física e reabilitação, assim como gastroenterologia, estão proporcionalmente equilibradas entre os sexos masculino e feminino.

As mulheres também são mais da metade do público jovem no país. Segundo dados da Demografia Médica de 2024, divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), revela-se que mulheres com menos de 39 anos representam 58% dos profissionais em atuação, enquanto os homens são de 42%. 

As mulheres ainda enfrentam muitas barreiras nesse mercado tão competitivo que é a medicina. Geralmente envolve falta de recursos, falta de acesso à educação, o preconceito infelizmente ainda presente, além das desigualdades salariais e de oportunidades de carreira. 

As previsões para o futuro das médicas são positivas e acredita-se que a representatividade e a inclusão das mulheres na área da Medicina continuarão a crescer, permitindo que elas influenciem emoldem a profissão de acordo com suas necessidades e perspectivas. Por isso, é importante que todos continuem a apoiar a luta desses especialistas por igualdade e equidade na profissão.

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