Docente realiza pré-defesa de doutorado por videoconferência

A professora Ana Karolina Zampronio Bassi, do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade São Lucas, realizou seu exame de qualificação de Doutorado em Ciências Odontológicas com a apresentação dos dados parciais de sua tese denominada "Condições de saúde e hábitos de vida para desenvolvimento de acidente vascular encefálico em Porto Velho, Rondônia". A pré-defesa de sua tese foi apresentada por meio de videoconferência, com o suporte da Coordenação de Educação à Distância da FSL. A docente foi submetida a uma banca de exame de qualificação composta pelos Doutores Heitor Marques Honório, Dionísia Aparecida Cousin Lamônica e Magali de Lourdes Caldana (orientadora), professores da FOB-USP (Faculdade de Odontologia de Bauru/USP), obtendo aprovação para dar continuidade à pesquisa.

Ana Karolina Bassi destacou o apoio da Coordenação de Educação à Distância da Faculdade São Lucas, através das professoras Hélia Rocha e Vanderly Payão de Oliveira e dos colaboradores Tarcísio Andril e Ismael Costa Soares. “Receber o apoio da Faculdade São Lucas, que disponibilizou a ferramenta e recursos humanos, foi motivador, principalmente porque proporcionou benefícios tanto para mim quanto para a própria instituição, porque eu teria que me ausentar das atividades docentes por no mínimo três dias. Foi como se a distância houvesse diminuído. Não precisei me deslocar até Bauru para a minha pré-defesa, foi ótimo”, destacou a docente.

O estudo base da tese de doutorado da professora Ana Karolina Zampronio Bassi reforça que o acidente vascular encefálico (AVE) acomete principalmente idosos com mais de 65 anos, mas atualmente vem atingindo pessoas cada vez mais pessoas jovens. De acordo com o estudo, a falta de informação é um sério fator de risco para o acometimento de doenças, além do que estilos de vida inadequados, baseados no tabagismo, estresse, obesidade e sedentarismo, afetam diretamente à saúde do indivíduo, levando em conta que a hipertensão arterial é o principal fator de risco dos acidentes vasculares, enquanto o tabagismo segue como a segunda maior causa de AVE, aumentando em três vezes mais o risco do acometimento. O AVE decorre de alterações classificadas como fatores de risco modificáveis sendo que hipertensão arterial, diabetes mellitus, deslipidemia (colesterol ruim, triglicerídeos), obesidade, sedentarismo, álcool e tabagismo aumentando três vezes mais o risco para AVE ao utilizar contraceptivos orais.  O estilo de vida atualmente passou a ser muito importante na qualidade de vida e saúde, reduzindo o número de mortalidade em diferentes doenças.

A proposta do estudo foi comparar os achados de condições de saúde e hábitos de vida entre pessoas saudáveis e acometidas pelos acidentes vasculares encefálicos, verificando os determinantes sociais da população quanto à idade, escolaridade (participantes e seus pais), raça, gênero e procedência de estado e região do município (zonas central, norte, sul, leste e ribeirinha), renda; observando o histórico de saúde (hereditariedade e doenças existentes como hipertensão, diabetes, deslipidemia) a dieta (tipo de alimentos consumidos) e estilos de vida (prática de esportes, sedentarismo) referidos pelos participantes saudáveis e com AVE; e determinando a presença dos indicadores de risco (fumo, álcool, doenças, histórico familial) para desenvolver os AVE nos participantes acometidos e não acometidos. A coleta dos dados foi realizada no Hospital Estadual e Pronto Socorro João Paulo II, no Parque da Cidade e no Porto Velho Shopping.