Qualidade de vida do idoso é tema de palestra na jornada de enfermagem

A importância da atividade física para a qualidade de vida do idoso foi destacada na II Jornada Científica de Enfermagem da Faculdade São Lucas em palestra ministrada pelo fisioterapeuta Omar Rahhal. Segundo estudos, a expectativa média de vida vem sofrendo um acréscimo. Isto se dá devido à melhora da qualidade de vida. Para isso é necessário que haja um equilíbrio e um bem-estar entre o homem como ser humano, a sociedade em que vive e as culturas existentes. É preciso que as pessoas estejam sempre cientes de que uma velhice tranquila é o somatório de tudo quanto beneficie o organismo, incluindo exercícios físicos, alimentação saudável, espaço para o lazer e bom relacionamento familiar. “A atividade física melhora a qualidade de vida dos idosos, mas é fundamental que seja praticada desde agora porque certamente vai refletir com o avanço da idade”, alertou Omar Rahhal. Ele observou que existe diferença entre atividade física e exercício físico. “Atividade se faz todos os dias, enquanto exercício exige planejamento e muita disciplina”, salientou.

O processo de envelhecimento é acompanhado por uma série de alterações fisiológicas ocorridas no organismo, bem como pelo surgimento de doenças crônico – degenerativas advindas de hábitos de vida inadequados. Diante disso, a participação do idoso em programas de exercício físico regular poderá influenciar no processo de envelhecimento, com impacto sobre a qualidade e expectativa de vida, melhoria das funções orgânicas, garantia de maior independência pessoal e um efeito benéfico no controle, tratamento e prevenção de doenças como diabetes, enfermidades cardíacas, hipertensão, arteriosclerose, varizes, enfermidades respiratórias, artrose, distúrbios mentais, artrite e dor crônica. Com o declínio gradual das aptidões físicas, o impacto do envelhecimento e das doenças, o idoso tende a ir alterando seus hábitos de vida e rotinas diárias por atividades e formas de ocupação pouco ativas. Os efeitos associados à inatividade e a má adaptabilidade são muito sérios, podendo reduzir o desempenho, a habilidade motora, a capacidade de concentração, de reação e de coordenação, gerando processos de autodesvalorização, apatia, insegurança, perda da motivação, isolamento social e a solidão.

Segundo Omar Rahhal, o envelhecimento ativo tem na família um suporte fundamental porque a capacidade funcional exige adaptação de acordo com o grau de dificuldade do idoso. “Essa adaptação é importante para que o idoso tenha capacidade funcional e qualidade de vida”, observou o fisioterapeuta, destacando que a perda da capacidade funcional compromete a qualidade de vida do idoso. “A família tem uma grande influência nesse processo porque tira a capacidade funcional e o idoso passa a ficar dependente e isso o fragiliza ainda mais”, alertou. Segundo Omar Rahhal, os idosos precisam ser motivados e valorizados para que sejam mais participativos e ativos. O palestrante disse que já está havendo mudanças quanto à percepção do envelhecimento, especialmente porque esse processo normalmente é associado às doenças crônicas. Ele enfatizou que hoje todo idoso deve ser abordado com base numa visão interdisciplinar, multidisciplinar e multiprofissional, a fim de que possa ser analisado com maior detalhamento. “Todos nós vamos envelhecer porque envelhecer é uma fase da vida. Portanto, cuidem bem de vocês para que possam cuidar melhor dos outros”, acentuou Rahhal, referindo-se aos acadêmicos de enfermagem presentes ao auditório da Faculdade São Lucas.