São Lucas realiza I Jornada Multiprofissional em Saúde mental
Para discutir o entendimento no diagnóstico e tratamento de pacientes com doença mental, profissionais da saúde e acadêmicos de várias instituições de ensino de Rondônia e Acre participam entre os dias 6, 7 e 8 de abril, da “1ª Jornada Multiprofissional em Saúde Mental e Atenção Psicossocial” realizada pela Faculdade São Lucas em Porto Velho.
Na solenidade de abertura, acadêmicos do curso de enfermagem membros do “Projeto Cuca Legal” da própria instituição, recepcionaram os participantes caracterizados com indumentárias que foram utilizadas para o tratamento da doença mental, como: tratamento de choque; camisa de força; exorcismo, entre outros recursos. Além de exposição de fotos antigas para contar a história de pacientes. Após a recepção, o coral da São Lucas se apresentou para os convidados.
No primeiro dia do evento os participantes assistiram às palestras sobre “Reforma Psiquiátrica e os seus avanços em Rondônia; Serviços de Rede de Atenção em Saúde Mental e Atenção Psicossocial; Avanços Sociais e a Inclusão do Familiar no Tratamento em Saúde Mental; Infância e Adolescência: Acolhimento e encaminhamento no CAPSi”.
De acordo com o professor especialista em atenção básica, Helton Camilo Teixeira, o objetivo é refletir frente a assistência da saúde mental sob a perspectiva da reforma psiquiátrica no Estado de Rondônia, além de fortalecer essas redes de apoio. “Precisamos ter uma nova visão diante dos cuidados que são disponibilizados a esses pacientes”, enfatizou o professor.
Para as participantes Vanicléia Marinho e Solange Soledade, o evento representa uma oportunidade de agregar novos conhecimentos, outra visibilidade do tratamento de doentes mentais. Assim, como aprender acolher os que buscam por tratamento.
Segundo a coordenadora do curso de enfermagem, professora Jandra Cibele, o encontro supera as expectativas pela abrangência dos debates e a participação de profissionais e alunos da capital, interior e Acre. “Precisamos reunir os profissionais de várias categorias sobre a mudança do tratamento ao doente mental para quebrar paradigmas impostos pela sociedade e com isso atender a reforma psiquiátrica”, afirmou a coordenadora.
A Reforma Psiquiátrica visa construir um novo estatuto social para o doente mental, que lhe garanta cidadania, o respeito a seus direitos e sua individualidade, promovendo sua contratualidade e sua cidadania. Ela pretende modificar o sistema de tratamento clínico da doença mental, eliminando gradualmente a internação e ampliando o convívio familiar.